ACCS - Associação Catarinense de Criadores de Suínos

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Peste Suína Clássica é pauta de seminário na ACCS

Diante do atual cenário promissor para a suinocultura em SC, ACCS, Embrapa e Cidasc alerta para que os cuidados com a sanidade sejam redobrados por todos que fazem parte do sistema produtivo

23/10/2019 às 11h01
Atualizada em 23/10/2019 - 11h08



A Peste Suína Clássica (PSC) foi tema de um seminário realizado na terça-feira (22), em Concórdia, na sede da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). Além da entidade, o evento foi organizado em parceria com a Embrapa Suínos e Aves e Cidasc.

Lideranças municipais, produtores, representantes de cooperativas e agroindústrias participaram do encontro para saber detalhes técnicos da doença, quais as medidas o Estado está adotando para manter a produção livre da PSC, e quais as consequências econômicas que podem ocorrer caso Santa Catarina perca o reconhecimento internacional de área livre da PSC.
 
OS RISCOS PARA A REGIÃO SUL

O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Nelson Mores destaca que os últimos surtos de PSC no Brasil foram identificados em uma área onde a produção de suínos é de subsistência e que está fora da área livre reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Ele avalia que os riscos da doença chegar ao Sul do país é baixo, mas ressalta que todos os elos que fazem parte do setor produtivo devem tomar precauções para mitigar os riscos.

O pesquisador classifica que a entrada de qualquer produto à base de suínos das regiões que não fazem parte da área livre de PSC, podem trazer riscos sanitários. “O vírus se conserva muito bem nesses produtos. Se por ventura um alimento contaminado é fornecido a um suíno aqui do Sul, a doença pode se proliferar”, alerta Mores.

Outro fator de risco para a entrada da PSC em área livre são os transportadores. Contudo, Mores avaliza que medidas simples podem minimizar a proliferação do vírus. “Se o transportador lavar a roupa que ele estiver usando lá na região em que for descarregar e também realizar a desinfecção do caminhão, com certeza praticamente a gente mitiga todos os riscos de transmissão para o Sul”.

O trabalho para coibir a entrada de produtos que ofereçam riscos à sanidade da produção é realizado pela Cidasc nas barreiras distribuídas por todo o Estado. A companhia também tem trabalhado fortemente na fiscalização das propriedades rurais.

CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES AFETADAS PELA PSC

Nas regiões onde foram registrados os focos de PSC, a suinocultura não é profissional e a estrutura sanitária dos estados não é adequada para combater a doença, fatores que implicam na erradicação da peste no Brasil. Mores analisa que a vacinação contra a Peste Suína Clássica poderia ser uma alternativa para combater o vírus em definitivo nos próximos anos.

“A vacina contra a PSC é extremamente eficiente. A questão toda é que precisam ter equipes para fazer a vacinação oficial. Senão dificilmente vai acontecer porque nessas áreas são pequenos produtores que em sua maioria não tem interesse em vacinar o plantel. O Ministério da Agricultura está estudando aquela região para ver quais são as medidas mais importantes a serem tomadas, mas é um procedimento bem difícil e demorado”, detalha Mores.
 
ÁREAS LIVRES DE PSC

A zona livre de PSC do Brasil concentra mais de 95% da indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundos da zona livre, que incorpora 15 Estados. Santa Catarina e o Rio Grande do Sul fazem parte do primeiro bloco, que conquistou a certificação da OIE em 2015. Já os Estados do PR, MG, SP, MS, MT, GO, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC) compõe o segundo bloco, obtendo o reconhecimento da OIE em 2016.
 
FATOR DE ALERTA

Uma das preocupações dos especialistas do setor é que o foco de PSC identificado em Alagoas, no mês de outubro, fica há cerca de 7 km da fronteira com a área livre. “É um risco muito grande para a região pela possibilidade de movimentação de suínos que estejam infectados. Se for constado um foco naquela região, todos os demais estados que fazem parte do bloco serão prejudicados”, alerta o pesquisador da Embrapa.
 
O ATUAL CENÁRIO DA SUINOCULTURA

O presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, lembra que a suinocultura nacional vive um de seus melhores momentos da história com o alto volume de exportação, impulsionado principalmente pela China, que sobre com a Peste Suína Africana (PSA). Hoje o valor pago na integração está na casa dos R$ 4 e no mercado independente R$ 5 – cifras recordes.

“Após vários anos de crises, nós temos um futuro promissor por pelos próximos cinco anos. Não podemos correr o risco de perder o nosso status sanitário e ficar de fora das exportações. Todas as pessoas que fazem parte do sistema produtivo precisam adotar as medidas de bioseguridade obrigatórias. Precisamos dormir pensando em sanidade e acordar pensando em sanidade”, ressalta Losivanio.

Confira o vídeo:


Fonte: ACCS



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