A Peste Suína Clássica (PSC) foi tema de um seminário realizado na terça-feira (22), em Concórdia, na sede da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS). Além da entidade, o evento foi organizado em parceria com a Embrapa Suínos e Aves e Cidasc.
Lideranças municipais, produtores, representantes de cooperativas e agroindústrias participaram do encontro para saber detalhes técnicos da doença, quais as medidas o Estado está adotando para manter a produção livre da PSC, e quais as consequências econômicas que podem ocorrer caso Santa Catarina perca o reconhecimento internacional de área livre da PSC.
OS RISCOS PARA A REGIÃO SUL
O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Nelson Mores destaca que os últimos surtos de PSC no Brasil foram identificados em uma área onde a produção de suínos é de subsistência e que está fora da área livre reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Ele avalia que os riscos da doença chegar ao Sul do país é baixo, mas ressalta que todos os elos que fazem parte do setor produtivo devem tomar precauções para mitigar os riscos.
O pesquisador classifica que a entrada de qualquer produto à base de suínos das regiões que não fazem parte da área livre de PSC, podem trazer riscos sanitários. O vírus se conserva muito bem nesses produtos. Se por ventura um alimento contaminado é fornecido a um suíno aqui do Sul, a doença pode se proliferar, alerta Mores.
Outro fator de risco para a entrada da PSC em área livre são os transportadores. Contudo, Mores avaliza que medidas simples podem minimizar a proliferação do vírus. Se o transportador lavar a roupa que ele estiver usando lá na região em que for descarregar e também realizar a desinfecção do caminhão, com certeza praticamente a gente mitiga todos os riscos de transmissão para o Sul.
O trabalho para coibir a entrada de produtos que ofereçam riscos à sanidade da produção é realizado pela Cidasc nas barreiras distribuídas por todo o Estado. A companhia também tem trabalhado fortemente na fiscalização das propriedades rurais.
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES AFETADAS PELA PSC
Nas regiões onde foram registrados os focos de PSC, a suinocultura não é profissional e a estrutura sanitária dos estados não é adequada para combater a doença, fatores que implicam na erradicação da peste no Brasil. Mores analisa que a vacinação contra a Peste Suína Clássica poderia ser uma alternativa para combater o vírus em definitivo nos próximos anos.
A vacina contra a PSC é extremamente eficiente. A questão toda é que precisam ter equipes para fazer a vacinação oficial. Senão dificilmente vai acontecer porque nessas áreas são pequenos produtores que em sua maioria não tem interesse em vacinar o plantel. O Ministério da Agricultura está estudando aquela região para ver quais são as medidas mais importantes a serem tomadas, mas é um procedimento bem difícil e demorado, detalha Mores.
ÁREAS LIVRES DE PSC
A zona livre de PSC do Brasil concentra mais de 95% da indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundos da zona livre, que incorpora 15 Estados. Santa Catarina e o Rio Grande do Sul fazem parte do primeiro bloco, que conquistou a certificação da OIE em 2015. Já os Estados do PR, MG, SP, MS, MT, GO, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC) compõe o segundo bloco, obtendo o reconhecimento da OIE em 2016.
FATOR DE ALERTA
Uma das preocupações dos especialistas do setor é que o foco de PSC identificado em Alagoas, no mês de outubro, fica há cerca de 7 km da fronteira com a área livre. É um risco muito grande para a região pela possibilidade de movimentação de suínos que estejam infectados. Se for constado um foco naquela região, todos os demais estados que fazem parte do bloco serão prejudicados, alerta o pesquisador da Embrapa.
O ATUAL CENÁRIO DA SUINOCULTURA
O presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, lembra que a suinocultura nacional vive um de seus melhores momentos da história com o alto volume de exportação, impulsionado principalmente pela China, que sobre com a Peste Suína Africana (PSA). Hoje o valor pago na integração está na casa dos R$ 4 e no mercado independente R$ 5 cifras recordes.
Após vários anos de crises, nós temos um futuro promissor por pelos próximos cinco anos. Não podemos correr o risco de perder o nosso status sanitário e ficar de fora das exportações. Todas as pessoas que fazem parte do sistema produtivo precisam adotar as medidas de bioseguridade obrigatórias. Precisamos dormir pensando em sanidade e acordar pensando em sanidade, ressalta Losivanio.
Lideranças municipais, produtores, representantes de cooperativas e agroindústrias participaram do encontro para saber detalhes técnicos da doença, quais as medidas o Estado está adotando para manter a produção livre da PSC, e quais as consequências econômicas que podem ocorrer caso Santa Catarina perca o reconhecimento internacional de área livre da PSC.
OS RISCOS PARA A REGIÃO SUL
O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves Nelson Mores destaca que os últimos surtos de PSC no Brasil foram identificados em uma área onde a produção de suínos é de subsistência e que está fora da área livre reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Ele avalia que os riscos da doença chegar ao Sul do país é baixo, mas ressalta que todos os elos que fazem parte do setor produtivo devem tomar precauções para mitigar os riscos.
O pesquisador classifica que a entrada de qualquer produto à base de suínos das regiões que não fazem parte da área livre de PSC, podem trazer riscos sanitários. O vírus se conserva muito bem nesses produtos. Se por ventura um alimento contaminado é fornecido a um suíno aqui do Sul, a doença pode se proliferar, alerta Mores.
Outro fator de risco para a entrada da PSC em área livre são os transportadores. Contudo, Mores avaliza que medidas simples podem minimizar a proliferação do vírus. Se o transportador lavar a roupa que ele estiver usando lá na região em que for descarregar e também realizar a desinfecção do caminhão, com certeza praticamente a gente mitiga todos os riscos de transmissão para o Sul.
O trabalho para coibir a entrada de produtos que ofereçam riscos à sanidade da produção é realizado pela Cidasc nas barreiras distribuídas por todo o Estado. A companhia também tem trabalhado fortemente na fiscalização das propriedades rurais.
CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES AFETADAS PELA PSC
Nas regiões onde foram registrados os focos de PSC, a suinocultura não é profissional e a estrutura sanitária dos estados não é adequada para combater a doença, fatores que implicam na erradicação da peste no Brasil. Mores analisa que a vacinação contra a Peste Suína Clássica poderia ser uma alternativa para combater o vírus em definitivo nos próximos anos.
A vacina contra a PSC é extremamente eficiente. A questão toda é que precisam ter equipes para fazer a vacinação oficial. Senão dificilmente vai acontecer porque nessas áreas são pequenos produtores que em sua maioria não tem interesse em vacinar o plantel. O Ministério da Agricultura está estudando aquela região para ver quais são as medidas mais importantes a serem tomadas, mas é um procedimento bem difícil e demorado, detalha Mores.
ÁREAS LIVRES DE PSC
A zona livre de PSC do Brasil concentra mais de 95% da indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundos da zona livre, que incorpora 15 Estados. Santa Catarina e o Rio Grande do Sul fazem parte do primeiro bloco, que conquistou a certificação da OIE em 2015. Já os Estados do PR, MG, SP, MS, MT, GO, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC) compõe o segundo bloco, obtendo o reconhecimento da OIE em 2016.
FATOR DE ALERTA
Uma das preocupações dos especialistas do setor é que o foco de PSC identificado em Alagoas, no mês de outubro, fica há cerca de 7 km da fronteira com a área livre. É um risco muito grande para a região pela possibilidade de movimentação de suínos que estejam infectados. Se for constado um foco naquela região, todos os demais estados que fazem parte do bloco serão prejudicados, alerta o pesquisador da Embrapa.
O ATUAL CENÁRIO DA SUINOCULTURA
O presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, lembra que a suinocultura nacional vive um de seus melhores momentos da história com o alto volume de exportação, impulsionado principalmente pela China, que sobre com a Peste Suína Africana (PSA). Hoje o valor pago na integração está na casa dos R$ 4 e no mercado independente R$ 5 cifras recordes.
Após vários anos de crises, nós temos um futuro promissor por pelos próximos cinco anos. Não podemos correr o risco de perder o nosso status sanitário e ficar de fora das exportações. Todas as pessoas que fazem parte do sistema produtivo precisam adotar as medidas de bioseguridade obrigatórias. Precisamos dormir pensando em sanidade e acordar pensando em sanidade, ressalta Losivanio.