16/10/2013 - 0h
Com recuperação do preço do suíno, ACCS quer atrair produtores independentes
Reportagem desenvolvida pelo Canal Rural apresenta intenções da ACCS

A suinocultura vive um bom momento com a recuperação dos preços. A Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) quer aproveitar a fase para unir os produtores independentes do Estado, que é o mais produz carne suína no país. A partir deste mês, um consórcio deve começar a negociar em nome desses suinocultores.



O produtor independente sofre mais com as mudanças no mercado de suínos. Quando o preço sobe, ele consegue uma remuneração melhor do que os criadores integrados aos frigoríficos. No entanto, quando o valor do suíno cai, a perda também é maior, já que eles não têm garantia de preço.



- Nós vimos que eles estão muito à mercê do mercado, comprando individualmente, não tendo o melhor preço na hora da compra e nem na hora da venda - destaca o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi.



A associação pretende unir 800 produtores independentes do Estado, que representam 15% do total de suinocultores. A ideia é criar um consórcio para intermediar a compra de insumos e a venda de animais nos moldes de São Paulo. O consórcio deve conseguir melhores preços com a compra e venda coletiva.



- O produtor vai receber direto da empresa que ganhou a licitação o produto na sua propriedade, com a nota no nome dele. A associação, através do consórcio, vai receber uma pequena parte para manter o consórcio - afirma Lorenzi.



O produtor Luis Marchioro era integrado a uma cooperativa. Depois de fazer as contas, ele viu que valia mais a pena ser um produtor independente, apesar dos riscos da atividade. Agora, a chance de união deste grupo está sendo muito bem aceita pelo setor.



Ele recebe R$ 3,50 pelo quilo do suíno. O valor representa R$ 0,50 a mais do que o preço pago aos criadores integrados. Os que são integrados aos frigoríficos recebem todos os insumos das empresas, por isso, têm menores custos.



- Que a gente seja dono realmente e consiga praticar melhores preços no mercado, tendo mais lucro na propriedade para nos mantermos, além de estruturar melhor as propriedades como o mercado exige no momento - aponta Marchioro.



O consórcio dos produtores independentes deve realizar os primeiros negócios até o final do mês. Os criadores querem aproveitar o bom momento da atividade. Em 2012, os baixos preços dos suínos fizeram 600 criadores desistirem do negócio em Santa Catarina. O Estado produz 800 mil toneladas de carne por ano, e é também o principal exportador. Agora, a orientação para manter os preços é não aumentar a oferta de produto.



- O ano que vem ainda deverá manter o equilíbrio, porque para você colocar um animal no mercado, precisa de 12 meses praticamente. Ano que vem eu não vejo problema algum. O perigo é 2015. Então, recomendamos o seguinte: quem desistiu, fique lá, não volte e não produza animais em excesso, senão nós teremos problemas em 2015 - sugere o presidente da Cooperativa Aurora, Mário Lanznaster.



Assista a Reportagem: http://videos.ruralbr.com.br/canalrural/video/rural-noticias/2013/10/com-recuperacao-preco-suino-accs-quer-atrair-produtores-independentes/45627/


Fonte: Canal Rural
Impresso em: 19/04/2024 às 23:48


ACCS - Associação Catarinense de Criadores de Suínos